(Imagem: Mulher Vestida de Luz; Autor: Dominique LeComte)
Vestida de luz
Caminhar soslaio de tão pura menina,
Em pequenos passos a ressoar,
Diante de olhos distantes e famintos
Tão longe que a infante não pudera notar.
Cantava e pulava lúdica, distraída,
E os olhos a segui-la por tudo o caminho,
Desejando a pele doce e sadia.
Tocar os cabelos em tal desalinho.
Notam então no sorriso a malícia,
Da menina a dançar em suave brisa.
Rodopia a bela enquanto a noite silencia.
E aos olhos ocultos; do amante castiga.
A luz da lua punge-lhe os seios,
A chamarem para si toda atenção...
Convidam os olhos a bailar em enleios.
Com o ritmo aumentado do coração.
Despiu-se agora a bela menina,
Os olhos sedentos são, só coração.
Sequiosa boca se encontra na dança!
O peito arrebenta de tanta emoção.
Corpo divino, de casta alvura,
Balança e aquece o pensar do amante,
A menina vestida com luz da lua
Faceira diverte-se com o olhar errante!
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