(Imagem; A Leitora de Jean-Honoré Fragonard)
Eu quero a leveza das letras
Quais livres de leis se põem a bailar.
Por vezes se unem faceiras
Suscitam palavras de lerna e de mar.
Almejo a beleza dum verso
Que o ledo ardor me faça sentir,
O beijo sereno da brisa
Trazendo o sabor da musa a dormir.
Espero que desses dedos
Nasça o poema que irá descrever
O adejar dum pássaro negro
Qual cala sua ária sob alvorecer.
Não quero somente o belo,
As flores flamantes sob o sol,
Pois reina sorrateiro o flagelo
Na ambigüidade do arrebol.
Abraço as letras que fremem,
As lívidas cores do inverno
E vivas retumbam perene
Lancinante agrura de meu inferno.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirWellington
ResponderExcluirTanta beleza na leveza das tuas palavras...
Lindo poema!
Um abraço
Vivo nessa dança das letras literalmente, no profissonal e no emocional.
ResponderExcluirZZ